Política Pará: A coluna sobre os bastidores do poder paraense #2

Duciomar Costa
Duciomar Costa, condenado e se movimentando em uma cadeira de rodas faz crer que o ditado popular "a Justiça tarda, mas não falha", ainda tá valendo.

CITAÇÕES E VERSÕES

Logo na estreia da coluna Política Pará, a antiga coluna e hoje Portal do Olavo Dutra dedicou linhas preciosas para manifestar a contrariedade sadia do colega jornalista, sobre a nossa observação ao que chamamos de mexida “de uma pedra que estremeceu a torre da RBA e que pode reiniciar uma guerra, que há tempos não viámos mais, entre as famílias Maiorana e Barbalho”. O veterano Olavo Dutra trabalhou por 20 anos escrevendo na coluna Repórter 70, de O Liberal e sabe muito bem como agem seus antigos patrões, que o demitiram em julho de 2020, supostamente a pedido do governador Helder Barbalho, conforme noticiei no antigo blog AS FALAS DA PÓLIS.

Leia também: Helder pede e Maiorana demite jornalista por notícia de contrato de espionagem no Pará.

A chamada para o artigo de Olavo diz “O Liberal abre fogo contra tudo e contra todos, mas não há guerra à vista; muito pelo contrário”. Já no subtítulo arremata: “Edição dominical do jornal da família Maiorana tráz veneno para todos os gostos, mas tem alvo definido e prazo de validade.

E cita nossa coluna assim:

No meio do raciocínio, Olavo Dutra diz: “Por ela (Coluna Repórter 70), sabe-se que a concessionária de energia elétrica, que mostra faturamento de R$ 1 bilhão no último balanço, foi vendida no governo Jatene“. Um lapso, pois a antiga CELPA, hoje Equatorial, foi vendida pelo ex-governador Almir Gabriel, que foi sucedido por Simão Jatene, ambos do PSDB.

No final do raciocínio, Olavo volta a citar nossa coluna, conforme se vê no print abaixo:

CONDENAÇÃO POR PROPINA

A justiça paraense condenou o ex-prefeito de Belém, Duciomar Costa, uma empresa de seus familiares e suas sócias a devolverem R$ 7 milhões aos cofres públicos. O MPF alega que esposa dele era sócia de empresa que recebia pagamentos ilícitos da construtora responsável pelas obras do portal da Amazônia e do famigerado BRT Belém, que até hoje não está em pleno funcionamento. A Justiça também determinou a suspensão dos direitos políticos de Duciomar Costa por 8 anos. A defesa informou que irá recorrer.

Não é a toa que a prefeitura de Belém é tão cobiçada.

A prisão e outras condenações

Por conta da Operação “Forte do Castelo”, determinada pelo MPF que determinou à Polícia Federal a prisão de Duciomar Costa, em 2017, o prefeito só vem acumulando processos. Há cerca de 15 tramitando por ações do MPF. São ações por improbidade, com pedidos de ressarcimento aos cofres públicos.

Além da sentença que o condenou ao ressarcimento de R$ 7 milhões, pelo menos outras duas condenações já determinaram o retorno da soma de R$ 8 milhões aos cofres públicos. Atualmente, os bens do ex-prefeito estão bloqueados, por determinação judicial.

Rico e adoecido

Duciomar Costa pode ter feito fortuna, mas não goza de saúde, pois desde 2015 sofre os efeitos da esclerose lateral amiotrófica – doença que afeta o sistema nervoso de forma degenerativa e progressiva. Por causa da doença, há alguns anos está em uma cadeira de rodas.

A SERESTA DO PUTY

O ex-deputado federal e ex-secretário no governo de Ana Júlia (PT), Cláudio Puty (PSOL) comemora mais um aniversário nesta quarta-feira, 2, em uma casa de Shows no bairro do Reduto, em Belém.

Vereança à vista

Titular da secretaria Municipal de Coordenação Geral do Planejamento e Gestão (Segep), neste terceiro governo de Edmilson Rodrigues (PSOL), Puty quase não é visto em seu gabinete. Há quem diga que está cada vez mais isolado e contrariado. Ele também estaria temeroso que os rumos tomados pelo prefeito e seu staff levem-os à derrota nas eleições de 2024.

Casado com a ex-vereadora de Belém e hoje deputada estadual Lívia Duarte (PSOL), o homem forte do primeiro e único governo petista no Pará estaria cogitado para disputar uma cadeira na Câmara Municipal de Belém e por isso, gerando enorme preocupação na tríade que controla o PSOL e a prefeitura de Belém, pois o grupo do alcaíde municipal possui outros planos e nomes para as eleições do ano que vem.

Despedida?

Podendo avaliar o declínio do PSOL e a perda da prefeitura de Belém, Puty festeja o aniversário reunindo boa parte de petistas que ainda o seguem e pode voltar ao PT, de onde saiu após não ser reeleito deputado federal, nas eleições de 2018.

GIRO PELO INTERIOR

A coluna amanhece com uma nova vertente: Notícias do mundo político dos municípios paraenses. Como recebemos muitas informações sobre pesquisas eleitorais e burburinhos a respeito da disputa pelas prefeituras nas eleições do ano que vem, não é justo deixar de socializar as informações, não é verdade?

Marabá

O atual prefeito Tião Miranda (PSD), já teria batido o martelo em torno do nome do atual vice-prefeito Luciano Dias (Cidadania), como seu candidato à sucessão, embora sua rejeição seja mínima, a população de Marabá ainda não sabe que ele será o candidato apoiado pela atual gestão, que goza de uma boa aceitação da população Marabaense.

Pré-candidatos

Por outro lado, segue indefinida a situação do Deputado Estadual Chamonzinho (MDB), que até o momento não diz se será candidato ou não a prefeito. Mas, conforme se vê, a estrutura do seu instituto, Miguel Chamon, está agindo com força nos bairros de Marabá, ofertando consultas e óculos para os eleitores, hoje chamados de “povão”.

O delegado Tony Cunha, que acabou de se filiar ao PL, está bem pontuado nas pesquisas e fontes garantem que em alguns institutos ele ele surge em segundo lugar nos levantamentos para prefeito de Marabá. , o mesmo está com dificuldades para unir à direita na cidade, pois o vereador Fernando Henrique, que também é pré candidato a prefeito, teve um bom desempenho na última campanha para estadual em Marabá, ficando à frente inclusive de Tony Cunha, os dois, não se bicam, afirma fontes de Marabá.

Já o deputado estadual Dirceu Ten Caten (PT), tem se esforçado mas não consegue deslanchar seu nome, embora tenha sido o primeiro a lançar sua pré candidatura a prefeito.

São João do Araguaia

A atual prefeita Marcellane (PDT), está procurando um novo partido, tendo em vista o mal desempenho que obteve nas eleições de 2022, quando a mesma não conseguiu eleger seu candidato a federal e muito menos o estadual. Isso sem contar que enfrenta o desconforto de perder o apoio de sua família, incluindo seu pai, que foi o principal investidor de sua campanha.

Por outro lado, o ex prefeito João Neto (PTB), é considerado seu principal concorrente, e o único capaz de derrotar a atual gestão.

O ex-superintende do Incra, Leonardo Santana, está visitando o município, porém carrega o peso de ter participado de atos anti-democráticos e de ter conduzido a campanha do ex-presidente Jair Bolsonaro. Lembrando que em termos eleitorais, São João do Araguaia é um município historicamente petista.

Neusinha Martins (MDB), ficou em segundo lugar na última eleição para a prefeitura e após a derrota, afastou-se do município e separou-se do marido, que foi um braço forte em sua campanha. Há quem diga que ela fragmentou suas forças, e seu pai, o também ex-prefeito Mário César, não goza da mesma força que teve em outros momentos.

Leozinho Sete Musical (PSD), goza de simpatia, principalmente com a juventude, mas não tem mostrado bom desempenho nas pesquisas realizadas até agora.

A coluna informa que será atualizada toda segunda, quarta e sexta, sendo que o portal segue sendo diariamente uma fonte de informações relevantes á disposição da sociedade.

FRASE DO DIA

“O Paraense é pé quente”, disse o governador Helder Barbalho, ao anunciar em vídeo que o estádio do Mangueirão será palco do primeiro jogo pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2016.

Só não se sabe se ele, Helder, será mesmo vice de Lula, em uma hipotética candidatura do petista nas eleições de 2026. A narrativa foi ventilada por um jornalista paulista, onde a classe política dificilmente aceitaria um governador da pobre região norte, a que detém o menor índice populacional e eleitoral do país. Mas a possibilidade animou muitos paraenses que sonham que o rei daqui reine no país.

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